A maioria de nós está bem familiarizada com a fofoca, já ouvimos e fomos vítimas dela. Os boatos têm uma característica perigosa: as pessoas não se sentem responsáveis pelo que transmitem como boato e atribuir responsabilidades e prejuízos torna-se muito mais difícil. A fofoca percorre uma escala que vai de conversas de natureza íntima, pessoal e sensacionalista e afirmações que difamam e estragam a reputação ou a felicidade de alguém. As conversas, geralmente, estão povoadas de críticas. O Senhor lista os fofoqueiros ao lado dos inimigos de Deus, dos desleais, dos insolentes e dos homicidas (Romanos 1:28-32). A bíblia é clara quanto aos prejuízos (Provérbios 11:13).
Espalhar mentiras e também sair contando fatos verdadeiros parcial ou inteiramente pode também atrair a ira de Deus. Comentar algo a respeito de alguém que não ajude nem edifique pode ser considerado fofoca. Deus tem a fórmula adequada para lidar com o indivíduo que se encontra em pecado (Mateus 18:15). Devemos abordar a pessoa em questão, e ninguém mais, para dar início ao paciente processo de sua restauração diante de Deus, caso estejamos preocupados com sua felicidade eterna (Gálatas 6:1). Dar ouvidos a boatos é tão ruim quanto espalhar palavras perversas (I Samuel 24:9). A marca da maturidade espiritual é saber controlar a própria língua (Tiago 1:26). A fofoca e a maledicência são armas de Satanás.
Na explanação de Paulo sobre o estilo de vida santo que os cristãos espiritualmente amadurecidos devem ter para ensinar os mais jovens, ele inclui uma advertência a respeito da maledicência, além de uma admoestação para que não acusem os outros e não sejam "caluniadores" nos relacionamentos. Nada é tão cortante como uma espada afiada do que a mágoa causada por palavras dolorosas. A fofoca não é, jamais, um ato de bondade. Ela faz mal a pessoa sobre a qual se fala, ela degrada o cristão que a pratica, ela serve de armadilha para o ouvinte que participa desse tipo de maldade.