É importante entender que Deus não pode ser explicado ou definido de forma plena e compreensível aos homens. Sob esse aspecto, não se pode expressar o ser de Deus de forma adequada com algum atributo, palavra ou frase, ou seja, mesmo o estudo sobre os atributos de Deus o descreve de forma limitada, pois Deus, em sua plenitude, é completamente incompreensível para nós.
Algo que precisa ser considerado é que conhecemos Deus apenas com base no que Ele resolveu nos revelar. Assim, há muito mais sobre Deus que não conhecemos, ou porque nosso intelecto não consegue compreender, ou porque Ele simplesmente não nos revelou.
No entanto, devemos nos confortar na verdade de que Ele certamente nos revelou tudo o que de fato precisaríamos saber. A revelação de Deus aos homens é tão clara, tanto na criação quanto nas Escrituras, que torna qualquer um que negligencie tal revelação indesculpável (Rm 2).
Somente Deus não presta contas a ninguém e é supremo em poder, posição, autoridade, virtudes, decretos e obras (Salmo 115:3). Num sentido mais estrito, a palavra "Soberano" designa somente a ele (Deuteronômio 4:39).
Tudo depende de Deus (Colossences 1:16-17), mas ele não depende de nada. Tudo vem dele, mas ele não veio de lugar algum, pois não tem início nem fim (Salmo 90:2). Ele é o grande EU SOU (Êxodo 3:14), aquele que é único (Isaías 43:10-11).
Uma vez que toda a vida vem dele, Deus tem o direito de exercer sobre ela a autoridade suprema (I Timóteo 6:15) e de fazer o que lhe aprouver (Salmo 135:6). Ele não precisa de conselho de ninguém e ninguém está qualificado para aconselha-lo (Romanos 9:20). O título "Rei dos reis" significa exatamente isso. Até mesmo entre os reis, ele é "O Rei" (Salmo 47:6-7). Ele não realiza intervenções ocasionais em nossa vida e nos acontecimentos mundiais; pelo contrário, ele está intimamente envolvido com a vida de cada um (Mateus 10:30) e reina sobre todo o universo de maneira completa (Isaías 40:21-28).