As mulheres têm sido invariavelmente identificadas em virtude dos seus relacionamentos: mãe, esposa, irmã, filha, amiga. Todo relacionamento traz suas marcas de abertura e vulnerabilidade. Podemos ver tais marcas na vida de certas mulheres da Bíblia. Uma delas é Maria, mãe de Jesus. Por causa da sua receptividade e obediência à Deus, ela se expôs ao sofrimento que estava para se manifestar na sua vida de várias maneiras: primeiro ela arriscou seu noivado com José (Mateus 1:18-25); depois que Jesus nasceu, enfrentou o exílio, para preservar a vida do filho (Mateus 2:14-15); mais tarde sofreu com a rejeição de Jesus, quando ele deixou a exclusividade da família pela abrangência do Reino de Deus (Marcos 3:31-35); e, finalmente, teve de assistir a morte cruel do seu filho na Cruz do Calvário. Mas, assim como ocorre com outros temas bíblicos, o sofrimento não tem a palavra final, pois com a ressurreição do Senhor, as setas que feriram o coração de Maria deram lugar à alegria que todo cristão irá experimentar quando Jesus voltar.
Na história da mãe Sulamita e seu filho, temos um vislumbre do profundo sofrimento das mães que perdem um filho. (II Reis 4:8-37). Sofrimento e tragédia se combinam no relacionamento entre uma família de Suném e o profeta. Eliseu recebeu a hospitalidade de uma rica mulher de Suném. Embora ela fosse estéril, obviamente, não era uma pessoa amarga, já que era extremamente hospitaleira. Por causa do cuidado dispensado ao profeta, a mulher foi abençoada com um filho, e não poderia haver dor maior do que a de ver o seu filho morto. Assim como ocorre com muitas das representações bíblicas do sofrimento, a dor não é menosprezada, mas a promessa da vida abre caminho, por meio da sua fé e obediência, e faz com que ela veja o filho voltar a vida.