O tema do cuidado providencial de Deus pela ordem criada por ele é encontrado em toda a bíblia. No sermão do Monte, Jesus assegurou aos ouvintes que estaria presente no meio das suas tribulações (Mateus 6:25-34).
O propósito eterno e infalível de Deus é sustentar e orientar os seres que ele criou (Mateus 6:10) desde o início da criação até a eternidade (João 5:17). Ele demonstrou seu cuidado providencial inúmeras vezes (II Timóteo 1:12), estendendo-o do menor ao maior, protegendo o pecador e o salvo.
Ester foi, simultaneamente, uma judia humilde, que honrava o marido, e a rainha da Pérsia, que libertou o seu povo. O Deus que controlou o cruel e despótico Assuero, rei da Pérsia, tem, em última análise, poder sobre todas as situações. O controle de Deus é absoluto e indubitável, mas ao mesmo tempo, cada indivíduo é responsável por suas decisões e atos. Mais ainda: NINGUÉM PODE DERROTAR OS PLANOS DE DEUS, visto que toda ação humana está encerrada na vontade permissiva ou efetiva do Senhor.
Não estamos sob a tirania de um destino cego nem de uma lei inviolável que, por definição, implica a existência de um domínio no qual Deus não pode entrar (Provérbios 16:33). Os acontecimentos do universo são ordenados por um Deus compassivo, gracioso, longânimo e fiel (Salmo 16:9-11).
Deus não prometeu que tudo o que acontecesse conosco seria de acordo com que consideramos bom. Contudo, se a tragédia atingir, temos que apenas esperar pacientemente pelo momento em que ele nos libertará. Deus é até capaz de provocar acontecimentos infelizes para promover o bem daqueles que o amam (Romanos 8:28). Nada pode nos acontecer sem o conhecimento, a presença e o amor de Deus. Portanto, até nas situações mais desesperadoras podemos ter a certeza de que ele está trabalhando a nosso favor pelo nosso eterno bem. Deus é por nós, Ele não é contra nós (Romanos 8:31-32). Na tensão entre benção e adversidade, reconhecemos nossa total dependência de dele, como também sua soberania sobre nossas decisões e atos.